O Brasil acaba de atingir a marca de 200 MW de capacidade instalada em sistemas de micro e minigeração distribuída de energia soar fotovoltaica.
Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Asolar), a fonte solar fotovoltaica lidera com folga o segmento de microgeração e minigeração distribuída, com mais de 99% das instalações do país.
Pela primeira vez desde 2012, quando foi estabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a regulamentação que fornece as diretrizes para geração distribuída, os consumidores dos setores de comércio e serviços passaram a liderar o uso da energia solar fotovoltaica, com 43,1% da potência instalada no país, seguidos de perto por consumidores residenciais (39,0%), que passaram da primeira para a segunda posição. Na sequência, estão as indústrias (7,8%), consumidores rurais (5,4%), poder público (4,2%) e outros tipos, como serviços públicos (0,6%) e iluminação pública (0,04%).
Em números de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 78% do total. O alto valor é explicado pela potência reduzida dos sistemas, já que as residências consomem menos energia elétrica ao longo de um ano do que comércios, indústrias ou edifícios públicos. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (15,6%), consumidores rurais (2,9%), indústrias (2,3%), e outros tipos, como iluminação pública (0,2%) e serviços públicos (0,03%).
De acordo com a entidade, o Brasil possui hoje 23.175 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e engajamento ambiental a27.610 unidades consumidoras, somando mais de R$ 1,6 bilhão em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões do país.
O presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, ressalta que o crescimento da micro e minigeração distribuída solar fotovoltaica é impulsionado por três fatores principais: (i) a forte redução de mais de 75% no preço da energia solar fotovoltaica ao longo da última década; (ii) o forte aumento de mais de 50% nas tarifas de energia elétrica dos consumidores brasileiros nos últimos anos; e (iii) o aumento no protagonismo, na consciência e na responsabilidade socioambiental dos consumidores, cada vez mais dispostos a economizar dinheiro contribuindo, simultaneamente, para a preservação do meio ambiente.
Para acompanhar de perto a evolução da micro e da minigeração distribuída de energia solar fotovoltaica, a Absolar desenvolveu um ranking, que compara as potências instaladas em cada estado do país.
Atualmente, o Estado de Minas Gerais lidera o ranking nacional, com 50,7 MW, representando 24,3% da potência instalada no país, seguido pelo Rio Grande do Sul com 30,2 MW (14,5%), São Paulo com 26,8 MW (12,8%), Ceará com 12,8 MW (6,2%) e Santa Catarina com 12,0 MW (5,8%).